quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Moral da Mitologia Hebraica: As filha de Ló


A bíblia, quando lida criticamente, mostra-se um livro de histórias absurdas e impublicáveis em nossos tempos. Os cristãos a tem como um modelo de moral e costumes, porém, obliteram as passagens mais ácidas e sem sentido. É como se fosse possível dizer que uma parte desse livro é boa e outra não, ou seja, a bíblia é boa em partes, porém, ela, como um todo, é entendida como palavra de deus. Não faz sentido, para mim, então, dizer que existem extratos que devem ser desconsiderados. O deus deles não é perfeito? Como inspiraria  (II Timóteo 3:16,17) um livro cheio de erros científicos e de péssimos exemplos de ética e moral?


Ao dizer que parte da bíblia deve ser interpretada no contexto de sua época, e, que, no mesmo livro da bíblia, as vezes no mesmo capítulo de onde se prescindiu a interpretação, existe algo que é claro e evidente e que não deve ser colocado à guisa da análise hermenêutica.


Quem define isso? Quem diz que determinada passagem de Gênesis é literal e outra é interpretativa? 


Quem diz que Levíticos é lei para um povo rude, indócil e desobediente, as vezes, usa o mesmo livro para atacar a homoafetividade (Lv 18:22) ou criticar quem faz tatuagens (Lv 19:28 - nota: e em minha interpretação essa pasagem nem fala de tatuagens, exatamente), ora, nesse mesmo livro fala-se em escravidão (Lv 25:44) e que não devemos comer carne de porco (Lv 11:7). Porque se apropriar de uma parte "conveniente" do texto e dizer que a outra é interpretação?  Há poucas explicações: ignorância e desonestidade estão entre elas.


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