No capítulo 6 do Evangelho de Mateus, do versículo 9 ao versículo 13, Jesus indica aos seus discípulos como se deve orar a Deus:
"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.”
Qualquer pessoa que tenha sido criada em família católica reconhecerá aí a oração do "Pai Nosso", mas o que passa despercebido é que a Igreja de Roma excluiu, talvez, o trecho mais importante de sua oração usual:
"...mas livra-nos do mal; PORQUE TEU (de Deus) É O REINO, O PODER, E A GLÓRIA, PARA SEMPRE."
Jesus pede para que o mal seja afastado dele, e as palavras que se seguem demonstram qual é esse mal: a busca por PODER e GLÓRIA, e curiosamente, o anseio por ter controle sobre o REINO de Deus. Essa sentença nos orienta a sermos humildes e nos afastarmos da ganância e do orgulho que nos faz querer alcançar uma grandeza que só pertenceria a Deus.
A mim parece óbvio o motivo que levou os católicos a excluírem tal trecho da sua oração mais conhecida: tudo o que a Igreja Católica Apostólica Romana tem feito desde sua criação é desobedecer ao princípio da humildade. Desde sua fundação ela é movida pela busca de PODER através do acúmulo de riquezas e de controle político. É notável sua luta pela GLÓRIA de ser reconhecida como a única Igreja verdadeira através da colonização e aculturação de centenas de povos e seus cardeais e bispos sempre se comportaram como donos do REINO dos céus, reservando maravilhosos lotes de nuvens aos que tinham dinheiro suficiente para compra-los.
Em diversos pontos os cristãos se opõem aos ensinamentos de Cristo, mas eu acredito que se a Igreja tivesse respeitado ao menos esse trecho do Pai Nosso, muito menos sangue teria sido derramado nesses últimos dois milênios.
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