quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ignorância sobre a própria burrice pode explicar muitos dos problemas da sociedade





Várias pesquisas psicológicas estão chegando à conclusão que a incompetência priva as pessoas da capacidade de reconhecer sua própria incompetência. Ou seja: as pessoas burras são burras demais para saber que são burras.

E essa desconexão pode ser responsável por muitos dos problemas da sociedade.


Com mais de uma década de pesquisa, David Dunning, um psicólogo da Universidade de Cornell, demonstrou que os seres humanos acham “intrinsecamente difícil ter uma noção do que não sabem”.

Se um indivíduo não tem competência em raciocínio lógico, inteligência emocional, humor ou mesmo habilidades de xadrez, a pessoa ainda tende a classificar suas habilidades naquela área como sendo acima da média.

Dunning e seu colega, Justin Kruger, agora na Universidade de Nova York, fizeram uma série de estudos nos quais deram às pessoas um teste de alguma área do conhecimento, como raciocínio lógico, conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis e como evitá-los, inteligência emocional, etc.

Então eles determinaram as suas pontuações, e, basicamente, pediram que eles lhe dissessem o quão bem eles achavam que tinham ido.

Os resultados são uniformes em todos os domínios do conhecimento. As pessoas que realmente se saíram bem nos testes tenderam a se sentir mais confiantes sobre o seu desempenho, mas apenas ligeiramente. Quase todo mundo achou que foi melhor do que a média.

“As pessoas que realmente foram mal – os 10 ou 15% de fundo – acharam que seu desempenho caía em 60 ou 55%, portanto, acima da média”, disse Dunning.

O mesmo padrão aparece em testes sobre a capacidade das pessoas em classificar a graça de piadas, gramática correta, ou até mesmo seu próprio desempenho em um jogo de xadrez.

O pior é que não é apenas otimismo. Os pesquisadores descobriram uma total falta de experiência que torna as pessoas incapazes de reconhecer a sua deficiência.

Mesmo quando eles ofereceram aos participantes do estudo uma recompensa de US$ 100 (cerca de R$ 170) caso eles classificassem seu desempenho com precisão, eles não o fizeram, achando que tinham ido melhor do que realmente foram. “Eles realmente estavam tentando ser honestos e imparciais”, disse Dunning.

Sociedade burra

Dunning acredita que a incapacidade das pessoas em avaliar o seu próprio conhecimento é a causa de muitos dos males da sociedade, incluindo a negação das alterações climáticas.

“Muitas pessoas não têm formação em ciência, e assim podem muito bem não compreender os acontecimentos climáticos. E como elas não têm o conhecimento necessário para avaliá-los, não percebem o quão ruim suas avaliações podem ser”, disse ele.

Além disso, mesmo se uma pessoa chegue a uma conclusão muito lógica sobre se a mudança climática é real ou não com base em sua avaliação da ciência, isso não significa que a pessoa realmente tinha condições de avaliar a ciência.

Na mesma linha, as pessoas que não são talentosas em uma determinada área tendem a não reconhecer os talentos e boas ideias dos outros, de colegas de trabalho a políticos. Isso pode impedir o processo democrático, que conta com cidadãos com capacidade de identificar e apoiar o melhor candidato ou a melhor política.

Conclusão: você deve se lembrar de que pode não ser tão bom quanto pensa que é. E pode não estar certo sobre as coisas que você acredita que está certo. E, além de tudo, se você tentar fazer piadas sobre isso, pode não ser tão engraçado quanto você pensa.
[LiveScience]

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Artista cria versões fantásticas dos personagens de Caverna do Dragão





20130828215649_78896507O pintor e artista digital Alexandre Salles é ilustrador profissional desde 1991. O brasileiro utiliza técnicas de fotorrealismo e surrealismo e suas ilustrações estão presentes em livros de medicina e ciência para garantir uma melhor compreensão às informações dos textos.

Fugindo um pouco da área científica, o artista criou sua própria versão de um dos desenhos mais marcantes que já tivemos o prazer de assistir durante a infância: Caverna do Dragão. Veja as fantásticas ilustrações de Vingador, Tiamat, Mestre dos Magos, Hank, Presto, Eric, Sheila, Diana, Bobby e Uni.



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eric_the_cavalier_by_axlsalles-d55d4op
force_of_evil_by_axlsalles-d57vjms
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Não esqueçam de visitar a PÁGINA DO ARTISTA.

Livros são sensacionais

Mais uma adaptação do Zen Pencils, desta vez uma frase do cosmólogo Carl Sagan. O texto tem origem em Cosmos, série de TV que tornou Sagan um dos mais famosos divulgadores científicos do mundo.
Sagan foi um grande defensor do materialismo, do método científico e do pensamento crítico. Ele entendia que, para olhar o mundo criticamente, era necessário estudá-lo, compreendê-lo, conhecê-lo. Por isso sua defesa dos livros.
Pode-se dizer que os livros são a base fundamental do conhecimento. São o registro das coisas que a humanidade tem aprendido durante milênios. E não são apenas os livros técnicos ou científicos, mas também a ficção, que nos faz treinar nossa imaginação, exercitar nosso cérebro.
É por isso que todas as ditaduras, dos militares brasileiros ao nazismo, proibiram títulos, prenderam autores e leitores e destruíram livros. É por isso que todos os regimes teocráticos, da Inquisição católica aos Talebãs, fizeram o mesmo.
O conhecimento liberta. Um cérebro afiado e baseado no mundo real é um perigo para regimes ditatoriais e para todo tipo de obscurantismo.



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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

"Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.”‘(Hebreus; 11:1)

Fé é a “prova das coisas que não vemos”? Não, o crente não pode aceitar isso como sendo verdade e, mais uma vez, tem que discordar do seu Deus, sujeitando-se, como sempre, a catar da Palavra o que ainda dá para aproveitar: “Fé é a certeza daquilo que esperamos”. Uma definição válida, de fato, mas de aplicação limitadíssima, que exclui de forma paradoxal o uso religioso do termo, justamente por causa da palavra “certeza”. O crente não tem certeza de nada com relação a Deus e a tudo que lhe diz respeito. Ele acredita nas coisas que sua doutrinação religiosa lhe ensinou a considerar como verdade, mas essa fé que ele alega ter não bate com a definição do seu livro sagrado. Ele está se valendo, então, da minha definição:

Fé é a vontade que as pessoas têm de que as coisas sejam ou aconteçam como elas gostariam.”

A fé religiosa, despida de toda a hipocrisia com que se revela ao mundo, não passa disso: vontade. Uma vontade premente de que o sonho encantado de imortalidade patrocinado por Deus seja mesmo real. O fascínio que o crente tem por esse sonho acabou por condicionar o seu cérebro a buscar na realidade em volta apenas aquilo que reforça a perspectiva de ter aquela vontade atendida, ao mesmo tempo em que descarta, sem melindres, tudo o que lhe faria pensar o contrário.

Uma vez cativado pela tola ilusão de ainda ter uma consciência no dia seguinte ao seu velório, o religioso se investe da certeza de que a sua vontade — a sua crença, a sua fé — é mais do que suficiente para lhe provar que Deus existe e, por tabela, que a morte não é o fim. E é esse o grande trunfo da religião: agregar o maior número possível de pessoas para lhe dizer que ele está certo.


 Fonte :http://deusilusao.com/2014/01/25/o-vicio-morbido-das-palavras-vas-parte-3/

A Ciência Salvou Minha Alma

Há três anos atrás eu estava em um observatório, bem distante da cidade mais próxima e geralmente era completamente escuro à noite. Era proibido fumar do lado de dentro, então à 1 da manhã eu saí para um cigarro.


Depois de alguns minutos parado na escuridão eu pude perceber que conseguia enxergar claramente minha mão, algo que eu não conseguiria fazer nas noites anteriores. Então eu olhei para cima esperando ver o brilho da lua cheia, mas a lua não estava à vista. Ao invés, havia uma longa e brilhante nuvem bem acima de mim. Os romanos a chamavam de “a via galáctica” (a estrada de leite), hoje a chamamos de via láctea. Para aqueles que perderam essa aula na escola os fatos básicos são esses:





Lembre-se que um ano-luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros
A nossa galáxia tem um diâmetro de aproximadamente 100 mil anos-luz
O nosso Sol está localizado na extremidade de um dos braços espirais, a cerca de 26 mil anos-luz do núcleo da galáxia.
São necessários de 200 a 250 milhões de anos para o sol completar uma orbita em volta do núcleo.
Ao redor da galáxia, acima e abaixo do disco numa auréola circular existem aproximadamente 200 aglomerados globulares, que podem conter até um milhão de estrelas cada.
A via láctea contém 200 Bilhões de estrelas aproximadamente.
Esses números são essenciais para compreender o que é uma Galáxia. Mas quando a contemplamos uma parte da mente humana protesta que não pode ser assim, mas uma investigação das evidências nos leva a conclusão que é. E se você chegar a essa conclusão numa noite escura e limpa quando olhar para cima, você pode ver algo que irá mudar sua vida.






É assim que uma galáxia se parece vista de dentro, dos subúrbios do nosso Sol.
Através de um binóculo, para cada estrela que consegue enxergar com olho nu, você verá mais 100 ao redor dela todas suspensas através de uma névoa azul acinzentada. Se você olhar através de um telescópio barato e esperar que seus olhos se ajustem à escuridão e consigam se focalizar, você vai ver o que essa névoa realmente é... MAIS ESTRELAS. Como poeira se estendendo até onde se parece ser O INFINITO.
Mas você tem que ter o conhecimento, enxergar é só metade. Naquela noite a 3 anos atrás eu sabia de um pouco das coisas que estavam lá fora. O tipo, a escala e a idade das coisas, a violência e a destruição, a energia pulsante, a gravidade inexorável, e o desespero da distância. Mas eu me senti seguro, pois sabia que meu mundo está protegido pela mesma distância que os outros temem.


É como se o Universo estivesse gritando na sua cara: “VOCÊ SABE QUEM EU SOU? QUÃO GRANDE EU SOU? QUÃO VELHO EU SOU? VOCÊ PODE SEQUER COMPREENDER O QUE EU SOU? O QUE É VOCÊ COMPARADO A MIM?”.
Mas quando você aprende ciência você pode sorrir para o Universo e responder: “Cara! Eu SOU você!”.
Quando eu olhei para a galáxia naquela noite, eu sabia que até o mais fraco cintilar de uma estrela era uma conexão real entre meu olho ao longo de um fino raio de luz até a superfície de um outro sol. Os fótons que meus olhos detectam, a luz que eu vejo e a energia que interage com meus nervos, vieram daquela estrela! Eu pensei que eu nunca poderia tocá-la, mas mesmo assim, algo que vem dela atravessa todo o vazio e me toca. Eu nunca poderia ter imaginado.
Os meus olhos viram apenas pequenos pontos de luz, mas a minha mente enxergou muito mais. Eu vi as explosões de radiação Gama das estrelas gigantes serem convertidas em energia pura pelas suas próprias massas. Flashes de luz que brilharam do outro lado do universo muito antes de a Terra ter se formado. Eu vejo o brilho invisível das micro-ondas da radiação de fundo, deixado pelo big bang. Eu vejo estrelas vagando erroneamente a centenas de kilometros por segundo e o espaço-tempo se curvando em volta delas. Eu até mesmo consigo ver milhões de anos no futuro. Aquele brilho azul irá explodir um dia, aniquilando todos os sistemas solares próximos, em um apocalipse que, em uma comparação, faria a fúria dos deuses humanos, parecer algo patético. Mas foi a partir de uma destruição dessas que eu fui formado. Estrelas morreram para que eu pudesse viver. Eu sou um produto de uma SUPERNOVA... E você também!




Na luz desses fatos indiscutíveis, dessa verdade parcial e reveladora, qual o espaço que há no século 21 e além para as alegações mágicas das religiões organizadas?
As primeiras religiões eram por qualquer definição, primitivas. Por motivo de limitação de população, comunicação e regiões geográficas, elas nunca haviam crescido para nada além de uma preocupação local. Mas as religiões sofreram mutação através dos tempos e se tornaram mais sofisticadas, como que a cada geração os homens sagrados aprendessem o que funcionava ou não, o que deixava as pessoas obedientes e o que causava revolta. Quais idéias as pessoas podem facilmente evadir, e quais iriam assombrá-las até o ponto em que elas teriam de rezar para conter o medo crescente. Quando a população cresceu devido ao desenvolvimento lento, porém certo, do conhecimento, como se estivessem numa guerra, as religiões entraram numa corrida armamentista entre si. Dos deuses do vento, do trovão e o mar, as ameaças e as escalas de poder dos deuses cresceram a níveis supremos, ao ponto de que toda religião organizada possuía um deus que era onipotente, onibenevolente, onisciente, e palavras como “infinito” e “eternidade” eram usadas sem escrúpulos, enquanto que todas as outras palavras são abertas à abuso até que signifiquem exatamente o que as religiões querem que elas signifiquem.


Naquela noite sobre a via láctea, eu que tive a experiência não posso chama-la de uma experiência religiosa, porque eu sabia que ela não foi religiosa em nenhum sentido. Eu estava pensando sobre fatos e física, tentando visualizar o que realmente eu estava vendo e não o que eu gostaria que fosse. Não existe uma palavra que exprima esse sentimento provindo dessa revelação científica, e não mística. O motivo disso é que toda vez que alguém sofre esse deslumbre, a religião a rouba simplesmente dizendo: “Ah! Você teve uma experiência religiosa.” E os espiritualistas vão dizer a mesma MERDA! E eles sempre ficam enfurecidos quando uma ateísta como eu, diz que só pode ter essas experiências depois de ter rejeitado qualquer coisa sobrenatural. Mas eu admito que depois dessas experiências, quando a realidade me atinge como um bilhete premiado de loteria, eu frequentemente penso sobre religião… E o quão sortudo eu sou por não ser religioso.




Você quer aprender algo sobre deus? Ok…







Isto é uma galáxia. Se deus existe, deus fez isto. Olhe para ela! Admire-a! Aceite-a! Se ajuste a ela. Porque essa é a verdade, e provavelmente não vai mudar muito. Foi assim que deus fez as coisas. Deus provavelmente gostaria que você olhasse para ela, aprendesse sobre ela, para tentar entendê-la, mas se você não pode olhar, se você não quer nem tentar entender, o que isso diz sobre a sua religião? Como o bispo Lancelot Andrews disse uma vez: “Quanto mais perto de uma igreja, mais distante de deus.”


Talvez você precise se afastar da mesquita, da igreja. Se afastar dos padres, dos omãs, dos livros, para ter qualquer chance de encontrar deus. Esprema uma fração ínfima de uma galáxia em sua mente e então você terá uma idéia melhor do que está procurando. Quando você compreende, mesmo que parcialmente a escala de uma única galáxia, você tem a impressão de desaparecer. E quando você se lembra das outras galáxias, você encolhe novamente centenas de bilhões de vezes e então você se lembra o que você é. Os mesmos fatos que dizem o quão insignificante você é, também explicam como você chegou até aqui. É como se você se tornasse mais real, ou talvez o universo se tornasse mais real. Repentinamente você se encaixa, você pertence, você não precisa se ajoelhar, você não precisa temer. Nesses momentos, a única coisa que você tem que fazer, é continuar respirando.
A matéria que o constitui desde que você nasceu, é tão velha quanto o cosmos, a forma pode ser nova e única, mas os materiais já tem 13,7 bilhões de anos de idade. Processados pela fusão nuclear em estrelas, moldado pelo eletromagnetismo... palavras frias para processos tão impressionantes. E esse bebê, era você... É você! Você é impressionante, não só está vivo, mas também tem uma mente. Qual tolo trocaria isso por qualquer bilhete premiado que já existiu?
Quando eu comparo o que o conhecimento científico fez comigo, com o que a religião tentou fazer... As vezes eu sinto calafrios. A religião diz às crianças que elas podem ir para o inferno e que elas têm de acreditar, enquanto que a ciência diz que elas vieram das estrelas e apresenta motivos nos quais elas podem acreditar. Eu já contei a diversas crianças sobre estrelas, átomos, galáxias e o big bang, e eu NUNCA vi o medo em seus olhos, apenas o encanto e a curiosidade. Elas querem mais! Por que as crianças nadam enquanto os adultos se afogam? O que aconteceu com a realidade entre a infância e a idade adulta? Será que alguém prometeu algo que é tão lindo que o nosso universo parece estúpido e vazio... E até assustador em comparação?
Isso tudo ainda pode ter sido feito por algum criador, mas a religião fez parecer que é algo desagradável. A religião define tudo que não a si própria como algo profano e pecaminoso. Enquanto embeleza e dignifica suas mentiras e erros como um porco que veste a melhor das roupas. Em seu esforço de tentar nos impedir de enxergar a realidade, a religião se tornou a realidade que não podemos encarar. Veja o que a religião já nos obrigou e nos obriga a fazer... com nós mesmos e para os outros. A religião roubou nosso amor e lealdade e a deu para um livro, para um pai telepático que diz às suas crianças que o amor significa se curvar diante dele. Eu não sou pai, mas posso dizer que essas crianças vão crescer perturbadas. Não pode ser saudável para uma criança ou para uma… Espécie.
Foi-nos dito a muito tempo atrás que só havia a Terra, que éramos o centro do universo. Isso se mostrou uma mentira. Nós ainda não conseguimos se ajustar a isso... ainda estamos em choque. O universo não é o que nós esperávamos que fosse, não é o que eles nos disseram que seria. Esse entendimento cósmico é novo para nós, mas não há nada a temer. Nós ainda somos especiais, ainda somos privilegiados... Pode haver um paraíso, mas ele não será perfeito e nós mesmos é que teremos que construí-lo. Se eu tenho algo que pode ser chamado de alma que precisa ser salva... Então a ciência a salvou da religião.
Algumas pessoas acham realmente deprimente o fato de que o universo só poderá suportar a vido por mais apenas 30 bilhões de anos. . . 30 BILHÕES DE ANOS! Você deve estar de sacanagem!